Era a primeira vez que eu experimentava fazer um bolo de aipim, incrível, nunca tinha nem tentado mas bateu aquela vontade inexplicável que bate em quem gosta de cozinhar, eu simplesmente fui ao supermercado, comprei todo material e parti para cozinhar. E o resultado foi essa maravilha, e não é porque foi eu que fiz mas está muito gostoso.
E é claro eu sempre me interesso pela origem de cada receita que faço. Com o bolo de Aipim não foi diferente. Mani, era o nome dela, sim, da indiazinha que foi responsável por toda delicia que o aipim ou mandioca pode trazer para nossa culinária. Mani era neta de um grande cacique, e alegrava sua tribo com sua delicadeza e beleza. Num dia terrível ela simplesmente faleceu, sem sentir nada, sem ter doença alguma ou algum fator que justificasse sua morte. A tribo comovida enterrou Mani em sua oca, como era costume. Em todos os dias que se sucederam a sua morte, o povo da tribo ia visitar a sepultura de Mani, faziam suas demonstrações de carinho e choravam.
Um belo dia notaram que crescia uma planta sobre a cova de Mani, e curiosos como são, resolveram cavar e a raiz tinha um formato diferente, era comprida, de cor marrom por fora e muito branquinha por dentro. Eles levaram para cozinhar e sentiram quão deliciosa era, e souberam naquele momento que era um presente do Deus Tupã para eles por ter levado sua Mani. E como agradecimento e para perpetuar a passagem dela pela tribo, deram à raiz o nome de Mani que nascia na oca, logo uniu-se o nome Manioca que hoje em dia é chamada de Mandioca, em algumas regiões, em outras recebe o nome de Aipim, Macaxeira…nosso Brasil é cheio de culturas lindas e diferentes.
Gostaram da história?
E ainda falam que as mulheres saradas é que são gostosas, fala aí Mani, quem será que eles vão chamar de gostosa depois dessa receita?
Quer ver?
Então vamos lá!
Bolo de Aipim
E agora? que experimentou? Concorda que a Mani é uma das mulheres mais gostosas do mundo? E ainda te faz feliz! Olha que maravilha!!!
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Produção e fotografia: Wagner Soares